quarta-feira, 23 de agosto de 2006

sábado, 19 de agosto de 2006

sábado, 12 de agosto de 2006

Viagem a Hailuoto

















Ovos

















só para verem como os ovos são brancos como uma folha de papel. é mesmo esquisito, até tenho medo de os partir por parecerem tão bonitinhos.

Nascer do sol

















Já aqui tinha posto umas fotos com o céu por volta da meia noite e da uma da manhã, quando estava a anoitecer. agora deixo aqui esta em que já está a amanhecer e são três e meia, por isso, fazendo as contas em duas horas o sol põem-se e volta a nascer... na realidade o sol não se chega a por.

Amigos aqui
















quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Eu aqui

Já há quase duas semanas que deixei Portugal e devo confessar que me sinto mesmo muito bem aqui. Claro que tenho saudades de todos e que há muitas coisas que precisava de ter aqui comigo (a caixa da costura, as missangas e as agulhas, por exemplo :) ), mas confesso que não me importava de vir trabalhar para cá. Também estou a apanhar uma fase óptima em que é de dia até à meia-noite e há imensas coisas para fazer, mas sinto-me mesmo bem aqui. Penso que deve ser completamente diferente fazer ERASMUS num país mais evoluído que o nosso ou num com ainda menos capacidades e possibilidades. Estou mesmo contente e satisfeita por ter escolhido a Finlândia, e ainda bem que todas as coisas más que me diziam sobre isto, não são verdade. Ainda bem que as pessoas são simpáticas, que sorriem enquanto falam, que as casas são boas e que a comida não é assim tão má. Mas passando esta parte vou então contar tudo o que me lembrar sobre o que tenho visto e aprendido. Para quem isto já não é novidade, peço desculpa pela repetição…

A Finlândia é um país lindíssimo. Tudo muito arranjado, tudo muito limpo, com um verde que eu nunca tinha visto antes. Há árvores e jardins que as pessoas podem utilizar por todo o lado (ao contrário dos sinais de não pisar por favor, que existem em alguns países). E além disso, como é óbvio, não usam aspersores para regar. Aqui em Oulu parece que vivo no meio do choupal, só que ainda melhor, porque é um choupal limpinho e organizado. A Universidade onde tenho aulas de Suome é mesmo em frente à minha casa, dois minutos. Tenho um campo de ténis em frente ao meu prédio, um campo de voleibol depois do prédio ao lado, um campo de futebol ao fundo da rua, piscina e ginásio na outra ponta, uma praia num lago a quinze minutos a pé, sauna no prédio ao lado (à borla) e por incrível que isto possa parecer a muitos dos que me conhecem, eu realmente tenho utilizado tudo isto. Acho que ainda não houve um dia em Oulu que não tivesse feito pelo menos uma destas coisas…

As pessoas são simpáticas. Ainda ninguém foi antipático comigo, nem quando cheguei uma hora atrasada a uma aula por ter andado na cidade à procura da bicicleta perfeita que acabei por não encontrar. São super hiper mega educados. São tímidos, por isso muitas vezes a iniciativa de falar tem de partir de nós. Mas assim que falamos, soltam a língua. Penso que só não sabem como nos abordar. As crianças são as mais bem-educadas que alguma vez já vi. Ainda não vi nem uma a fazer uma birra, bater o pé ou a chorar de pulmões abertos no meio da rua. Talvez por isto veja tantos adolescentes com irmãos mais novos. Não devem ter problemas em sair com eles. Não vi nenhum animal abandonado e não tenho conhecimento que tal coisa possa existir aqui. Nem um gato sequer… não há pupu de cão na rua, todos apanham o que o cão faz. Os únicos animais que já vi sem dono e à solta, são animais selvagens, como esquilos, ouriços caxeiros, sapos. Sei que na viagem a Rovaniemi (a cidade do pai natal, e sim eu vou vê-lo, e não, não entrego os pedidos de ninguém) vou ver renas. Se por altura do frio voltar a Lapónia hei-de ver ursos, mas não se preocupem que estes daqui não são perigosos.

Quando cheguei ao aeroporto de Tampere, depois de ter arrotado com 100€ de excesso de bagagem em Londres, parecia que tinha aterrado na Rússia, e como vim a dormir a viagem inteira, porque estava cansadíssima de andar a carregar malas, até poderia ser possível. Não vi o check in, mas todo o aeroporto cabia dentro do pingo doce da baixa de Coimbra. Só tinha um mini tapete rolante para as malas. O homem que verificava os passaportes estava num cubículo escuro mais pequeno que a minha despensa. Lá saí do aeroporto direita ao centro da cidade. Pelo caminho comecei a ver todo este verde que enche a Finlândia. Casas de madeira soltas entre as árvores.

Tampere é uma cidade muito bonita. Passeei tudo o que pude, durante os dois dias que lá estive. A princípio pensei que fosse alguma paranóia só dos Tamperinos, mas não, todos os finlandeses são doidos por gelados. Mais de 50% das pessoas que vejo na rua, estão a comer gelados. Há bancas por todo o lado, imensa publicidade a isso. Quanto à comida, não é tão má quanto eu pensava, mas tem um sabor completamente diferente do que até agora tinha provado. Bebem leite às refeições. Comem pão com manteiga, alface, pepino e tomate ao almoço e ao jantar, juntamente com o prato principal. Não lancham. Almoçam entre as 11h e 12h30. Nem imagino a que horas jantarão. Confesso que em Tampere tentei evitar comer no Mac Donald’s, mas acabei por sucumbir a isso. Não percebia nada do que as coisas diziam e para vos mostrar o que passei vou aqui por uma lista de alimentos para verem se percebem alguma coisa. Peruna(batata), porkkana(cenoura), kaali(couve), kala(peixe), kana(frango), paisti(bolo), muna(ovo), murot(cereais), sämpyla(sandes), leipä(pão), keksi(bolachas) e para verem como as coisas são enganosas appelsiini que todos pensariam como eu que era maçã, é na realidade laranja. Claro que até aprender os nomes das coisas tive de andar da secção da fruta para a secção dos sumos a ver o que é que era o quê, para poder saber os preços. Mas continuando o que estava a dizer, assumo que no segundo dia cá fui comer ao Mac. E reparei que ninguém come batatas fritas. Ninguém pede menu. Ninguém come hambúrgueres dos grandes. Só pedem um hambúrguer daqueles normais e leite. Os únicos que vi com sumos, batatas fritas e hambúrgueres do tamanho XXXL eram estrangeiros. E quero com isto dizer que são moderados na comida e nas doses, não ligam nenhuma se por mais 0,50€ podem comer o triplo. Mas bebem álcool que nem esponjas. Por isso as bebidas alcoólicas são tão caras. E também por isso é que 75% dos rapazes finlandeses têm uma bela de uma barriguita de cerveja. Por falar em álcool, conseguem imaginar que eles têm vinho e cerveja em pó! Andava eu à procura de vinho do mais baratinho para fazer uma sangria para o pessoal, e só encontrava coisas estúpidas que nunca tinha visto antes, e lá no meio estava um pacotinho de vinho em pó que dava para 25 lt… Se quiserem por cá aparecer e trazer uma pipa a gente faz isso.

Além do álcool também o tabaco é caríssimo, se bem que não posso dizer quanto custa porque não fumo. Mas são raras as pessoas que vejo a fumar. Ninguém fuma em casa porque têm detectores de fumo em todas as divisões. Os bares têm ar respirável, por isso podem ver que vim para o meu paraíso. Já consigo sair sem ficar com os olhos todos danados e sem ter de dar à bomba depois. Outras coisas que também são caríssimas, porque o estado pôs impostos altos, são os carros. Por isso muitos dos carros que se vêem por aí são em vigésima quinta mão e muito velhinhos.

Da minha vida aqui… Todos os dias acordo cedo porque tenho aulas logo de manhã. Vou às aulas. Almoço nos 45m que tenho ou outras vezes aproveito para ir à Internet. Acabo as aulas as 14h15. Às vezes temos actividades, nas outras arranjamos nós coisas para fazer. Como os desportos, ir à praia, jogos, passear, ver séries ou filmes. À noite fazemos o trabalho de casa, em minha casa. Claro que não é a turma toda. Somos aí uns 8 ou 9. Depois ou fazemos mais algumas das coisas que acabei de dizer, ou vamos até ao bar aqui ao pé. É engraçado o bar. Tem uma playlist num computador e somos nós mesmo que escolhemos as músicas. Ao fim de semana fazemos destas coisas o dia inteiro. É bom porque estamos sempre todos juntos. E sinceramente tenho mesmo pena de os deixar no final de Agosto e ter de ir para Kuopio. Mas tenho quase a certeza que venho cá uns fins de semanas e também me hão-de visitar.

Esta semana fui numa visita a uma ilha aqui ao pé. Foi bem fixe. Fizemos sauna, mergulhámos no mar. Ultrapassei todas as minhas barreiras e fiz sauna nua. Depois disso, no meio das miúdas, também foi fácil tirar o bikini no mar e nadar “em liberdade”. Claro que estava tudo controlado e não havia homens a menos de 100m, além disso tínhamos os bikinis na mão.

Mas não imaginam a sensação de fazer sauna a 90º e depois mergulhar no mar a 15º. É óptimo e ao contrário do que possam pensar não custa nada. Custa menos do que entrar no chuveiro de casa com água fria e a nossa temperatura normal no corpo.

Claro que isto aqui não é só rosas, há uma quantidade enorme de mosquitos assassinos que estragam um pouco a noite (se é que a há) e o anoitecer que dura 4 horas…

E que dizer mais? Que tenho saudades de falar português. Que até pensar já penso em inglês, e já me disseram que quando começar a sonhar em inglês a situação vai ser pior. Até nas poucas oportunidades que tenho de falar português acabo por meter palavras inglesas pelo meio, como so, like, e por aí fora.

Tenho saudades daí, mas estou tão bem aqui… beijinhos a todos.

*rita

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

finländia e escaldöes

darei noticias apropriadas sobre a viagem ä ilha, mas de momento ë sö para dizer que uma portuguesa pode vir para a finlandia e apanhar um escaldao que nao se consegue mexer... ontem ä noite, num bar, vi o nosso obikuwelo (ou lä como ë que se escreve o nome do homem) ganhar uma medalha de ouro. e andava todo contente com a nossa bandeira e foi bonito. e eu fiquei contente...

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Breves Notïcias

Sö para dizer que sou a mäfia em pessoa... Deram-me um papel escrito em Suomea que apenas devia servir para comer ao preco de estudante na cantina, e que eu näo faco ideia do que lä diz... pois bem, ontem tinhamos de ir a cidade ter com as professoras e ver umas coisas e eu tirei o belo do papel e mostrei ao motorista do autocarro. ele leu aquilo e ficou a olhar para mim do tipo: siiiim... e o que ë que tu queres com isto?. e eu disse-lhe que nos tinham dado aquele papel e que tinhamos de ir ter com as professoras ao City Hall porque era uma visita, e que nos tinham dito que era sö mostrar aquilo. Fiz exactamente o mesmo ä vinda, com a diferenca que o condutor perguntou se a ida nos tinhamos ido a borla e eu fui uma boa menina e nao menti, disse que sim com a mesma cara ingenua com que tinha dito tudo o resto. e assim poupei 5,20€ (2,60 cada viagem) a cada uma das 26 pessoas da minha turma. Quero com isto dizer que atë a falar Ingles matarruano e num païs onde ë severamente punido este tipo de coisas eu continuo a ter o espïrito Português bem presente.

beijinhos a todos e saudades daï desse païs de porreiracos!

(merda de teclado sem cedilha)

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

A noite na Finlândia

















estas horas são verdadeiras. a esta hora ainda está a anoitecer. e eu a tentar dormir... nem imagino a que horas amanhece se é que o sol se põe...

Fotos em Tampere