quinta-feira, 9 de março de 2006

luz


"Como eu gostaria de ser negro e ter no sangue esta estranha, alegre melancolia, que é como uma onda que tudo arrasta e leva, este grosso riso de vidro, estas mãos de duas cores como os voos dos pombos, estes imensos dentes joviais e esta vocação da inocência! Poder, como eles, divertir-me e sofrer ao mesmo tempo, ter um branco dos olhos que se veja no escuro!"


"D'este viver neste papel aqui descripto", António Lobo Antunes

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